Considerado um dos políticos mais pragmáticos de Pernambuco e com uma
visão privilegiada sobre o jogo político em geral, o senador Fernando
Bezerra Coelho vive um momento ímpar da sua trajetória política, pois
além de representar Pernambuco no Senado, seu grupo político comanda
Petrolina, a principal cidade do sertão com Miguel Coelho, e o
ministério de Minas e Energia através do deputado federal licenciado
Fernando Filho.
Nas eleições de 2014 Fernando se elegeu aos 45 do segundo tempo, virando
o jogo contra João Paulo, que na véspera dormiu senador e viu seu
adversário lhe impor uma fragorosa derrota nas urnas. Eleito na chapa do
governador Paulo Câmara, o mínimo que se esperava era que o governador
chamasse Fernando para compor o seu governo indicando aliados para a sua
equipe, fato que não se concretizou, o que acabou distanciando o
senador do governador e que só não foi pior porque Paulo foi bastante
sereno em Petrolina quando manteve o comando do PSB nas mãos do grupo do
senador mesmo havendo um trabalho de gente do próprio governo no
sentido de tomar o partido pra dar a Lucas Ramos.
Os movimentos do Palácio distanciaram o governador do senador a uma
conjuntura que é difícil que haja uma reaproximação para as eleições de
2018, sobretudo porque Fernando detém um poder jamais visto por um
político não ocupante do Palácio do Campo das Princesas em Pernambuco.
Fernando é respeitado pelo meio político porque sabe jogar o jogo como
poucos e detém enorme capacidade de se adaptar às circunstâncias.
Cenário
Hoje o cenário que se impõe ao senador é de uma espera sobre os
desdobramentos da Operação Lava-Jato, pois há indicativos que ele poderá
ser alvejado, porém até agora ele não foi condenado por nenhum processo
recente. Se ele continuar livre das garras da Lava-Jato, suas chances
de almejar o Palácio do Campo das Princesas aumentam consideravelmente e
pra viabilizar isso poderá inclusive sair do PSB. Os partidos
equivalentes ao PSB a nível nacional, o que permite tempo significativo
de televisão, são o PSD, o PR e o PP, e todos os três partidos não
possuem nenhum nome em Pernambuco com peso significativo para tentar o
governo em 2018.
Neste cenário, André de Paula, Sebastião Oliveira e Eduardo da Fonte,
presidentes estaduais do PSD, do PR e do PP, respectivamente, não teriam
cacife para brigar com o comando nacional das siglas a ponto de vetar a
entrada do prefeito de Petrolina, do ministro de Minas e Energia e de
um senador com tamanho político e eleitoral para ser governador. Caso
Fernando mude de partido e não seja alvejado pela Lava-Jato, é
pertinente considerar que ele estará no jogo de 2018 como candidato a
governador, e ainda que não venha a se viabilizar para o posto, sem
sombra de dúvidas será determinante para a escolha do próximo governador
de Pernambuco no ano que vem. (fonte: Portal LeiaJá)
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