Além
de anunciar o novo formato do programa Nova Semente nesta quinta-feira
(26), o prefeito Miguel Coelho falou das dificuldades para manter não
apenas o Nova Semente como toda a educação municipal funcionando. Entre
as dívidas herdadas da gestão anterior, a Prefeitura terá que renegociar cerca de R$ 5 milhões junto ao Petrape, órgão responsável por administrar as unidades do Nova Semente. Também existem pendências financeiras relativas à merenda, transporte escolar, previdência, telefone, água e luz e outros contratos em atrasos na Secretaria de Educação, superando a ordem de R$ 13 milhões.
“No geral, já identificamos uma dívida superior a R$ 200 milhões na Prefeitura e ainda não terminamos de levantar os dados, pois todo dia aparece um novo credor. Na
Educação, a situação seria crítica caso não tivéssemos remodelado os
programas de educação infantil. Conseguimos tornar gratuito o Nova
Semente e vamos usar estruturas do CMEI que já existem. Dessa forma,
atenderemos mais crianças sem prejudicar o restante da rede municipal de
ensino”, resumiu o prefeito.
Miguel Coelho ressaltou ainda que entre
os anos de 2014 e 2015 foram feitas no período, apenas cinco unidades do
Nova Semente e de acordo com o prefeito, no ano de eleição, no caso em
2016, de 114 unidades prontas, no final do ano passado, 180 creches do
programas totalizam o número de obras.
“Eles (a gestão anterior) abriram quase
66 unidades, em ano de eleição e de outubro para dezembro foram 30.
Agora chegamos a essa problemática em 2017. Metade dessas unidades que
foram abertas, não haveria mais o benefício para mantê-las e não temos
como sustentar porque é um custeio de mais de R$ 79 milhões que a
prefeitura não tem como pagar”, disse.
Miguel
Coelho ainda informou que vai anunciar um plano de contingenciamento em
todos os setores da Prefeitura para garantir o pagamento das dívidas
herdadas e manter o funcionamento dos serviços. “Não será um ano fácil.
Assumimos a Prefeitura em condições precárias e um volume de restos a
pagar gigantesco. Mas agora não adianta lamentar, temos que reduzir os
custos, renegociar junto aos credores e reequilibrar a máquina pública.”
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