Ser atleta não é fácil. Além das
dietas rigorosas, dos treinos intensos, a maioria deles ainda precisa se
desdobrar para exercer outra atividade, como estudar ou trabalhar. Sem
patrocínio, a judoca petrolinense Cynthia Silva resolveu enfrentar outro
desafio para conseguir se manter no esporte, a venda de doces.
- A ideia surgiu com uma amiga da
minha mãe que me incentivou. Vendo doces, brigadeiros, beijinhos, vai
variando. Eu tenho uma série de viagens no segundo semestre do ano e
preciso de um fundo para me ajudar - explica Cynthia.
A primeira da série de disputas que
ela pretende enfrentar é a Copa Minas, que acontece no mês de julho.
Depois, a judoca espera participar do Brasileiro Sênior, em setembro e
do Troféu Brasil em outubro.
- Não tenho patrocínio, então devo
gastar em média três mil reais em passagens. Para o Sênior, a
Confederação Brasileira de Judô (CBJ) fornece as passagens aéreas saindo
de Recife. E no meio dessas competições, tem as estaduais também, até
eu me perco - brinca a judoca.
Para Cynthia, o amor pelo judô é maior
que as dificuldades e por isso ela comemora os bons resultados nas
vendas conquistados até agora.
- As vendas estão indo bem, o pessoal
da faculdade está ajudando bastante. Mas na região é muito difícil
conseguir patrocínio, porque os empresários acabam tendo uma visão
errada. Mas acho que não se deve desistir ou esperar nada. Correr atrás,
improvisar, vender doces, tudo vale. O que não pode é ficar esperando
que alguém da região ajude, porque isso não acontece - lamenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário