O “Dia Nacional da Doação de Órgãos” é
celebrado no dia 27 de setembro justamente para lembrar que um
transplante pode salvar vidas e o Brasil tem muito a comemorar nesse
aspecto. De acordo com o Portal da Saúde, no primeiro semestre deste
ano, o país bateu recorde de doador por milhão da população, com 1.438
doadores, 7,4% a mais que no mesmo período de 2015. Essas doações
possibilitaram a realização de 12.091 transplantes entre janeiro e
julho, sendo que 89% dos transplantes de órgãos sólidos foram realizados
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o país referência mundial
no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.
Embora os números sejam positivos, de
cada 8 potenciais doadores de órgãos, apenas um é notificado. A lista de
pessoas aguardando na fila da Central de Transplantes ainda é grande.
Apenas em Pernambuco são 1.230 pacientes. Por isso, as campanhas de
sensibilização são tão necessárias. Em Petrolina, por exemplo, a
Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) atua desde 2012 em
hospitais públicos e privados desenvolvendo um trabalho de identificação
de possíveis doadores. Segundo informações divulgadas pela organização,
a recusa à doação é de 50% – dentro da média nacioal.
A OPO, que funciona no Hospital Dom
Malan/IMIP, está participando da Campanha Nacional de Incentivo à Doação
de Órgãos 2016. Este ano, a Organização já registrou 41 doações,
superando a meta anual quando relacionada a 2015, que registrou 45
doações nos 12 meses. “Nós apoiamos a campanha do setembro verde e
torcemos para que os números sejam sempre maiores. Somos unidades
geridas pelo IMIP, que também participa dessa campanha todos os anos, e
entendemos que sensibilizar as pessoas é o melhor caminho para aumentar a
aceitação familiar à doação de órgãos e tecidos”, ressalta a
coordenadora geral da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção
Especializada de Petrolina, Magnilde Alves. Na UPAE, sempre que há um
doador em potencial, a família é contactada e a OPO acionada.
Como ser um doador?
Considera-se como potencial doador todo
paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte
encefálica é definido pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser
registrado, em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica
que descreva todos os elementos do exame neurológico que demonstrem
ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um
exame complementar que assegure esse diagnóstico.
Para ser doador após a morte não é
necessário portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à
própria família o desejo da doação posto que, após o diagnóstico de
morte encefálica, a doação só se concretiza após a autorização dos
familiares, por escrito.
Existe também o doador vivo, que pode
ser qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo
pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do
pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser
doadores; não parentes, somente com autorização judicial. (Divulgação)
BLOG LELSON SANTOS
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