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Um novo suspeito para o caso Beatriz Angélica Mota. Após seis meses do
crime que chocou o Estado e gerou diversas manifestações de moradores de
Petrolina, no Sertão, e Juazeiro, na Bahia, continua sem elucidação. No
entanto, uma nova prova vem ajudando nas investigações conduzidas pela
Polícia Civil. Um vídeo amador que mostra a parte interna da quadra do
Colégio Nossa Senhora Auxiliadora revela a presença de outro
desconhecido próximo ao bebedouro onde ela foi vista pela última vez.
Completados seis meses de investigação, nenhum suspeito pelo crime foi
preso, além disso, nenhuma autoria do assassinato foi apontada pela
polícia.
O delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, confirmou ontem em
coletiva à Imprensa a existência da filmagem, mas não quis detalhar o
conteúdo. Porém, em entrevista à Folha de Pernambuco, o pai de Bia, como
era carinhosamente apelidada, revelou nuances que apontam o passo a
passo dela antes de sumir e a presença de um homem que frequentou o
mesmo local.
Segundo Sandro Romildo, a filmagem feita por uma pessoa que pediu
anonimato identificou a hora exata em que Beatriz desce para o bebedouro
e em seguida um desconhecido também segue o acesso para o local. “Bia
desceu as escadas para o acesso ao bebedouro aproximadamente às 22h20.
Dois funcionários da escola permitiram o acesso dela ao local, mesmo a
passagem estando bloqueada, pelo fato de que uma diretora da escola
estava vendendo água na festa. Dezenove segundos após, um homem
desconhecido também desceu os degraus. Minutos depois, ele sobe, mas Bia
não sobe mais”, revelou o pai.
Sandro diz que esse trecho do vídeo foi um dos poucos a que ele teve
acesso. “O vídeo surgiu quando uma pessoa nos procurou. Marcamos com
essa pessoa, mas ela não foi. A polícia teve posse do conteúdo e tive
acesso a alguns trechos”, comentou. A Folha procurou o delegado Marceone
Ferreira para repercutir sobre a existência de um novo suspeito, porém o
investigador não retornou as ligações.
Anteriormente, ele havia dito que o retrato falado de um suspeito de
participação no crime, divulgado em fevereiro, está sendo reavaliado e
poderá sofrer modificações. “Durante as investigações, novas testemunhas
oculares apareceram. Portanto, o retrato falado pode sofrer
modificações em suas características. Mas, isso ainda está sendo
avaliado”, disse Ferreira, que colheu mais de 130 depoimentos até o
momento. (FolhaPE)
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