Para Lúcia, o colégio assumiu risco,
pois não teria contratado uma equipe de segurança, nem informado à
Polícia Militar sobre a realização do evento. No vídeo, ela destaca que a
equipe de segurança era formada por profissionais do próprio colégio, e
que os mesmos não estariam aptos a fazer a segurança do evento. A mãe
de Beatriz ainda apresenta documentos que comprovariam que a escola
estaria “totalmente irregular com sua documentação de funcionamento”.
“Minha filha foi morta por causa de
negligência de administradores, de diretora. Porque se a mesma tivesse
informado à Polícia Militar do evento que estaria acontecendo naquele
dia, informando à Secretaria de Segurança Pública, eles teriam dado,
sim, um suporte. Nenhuma equipe de segurança qualificada o colégio
contratou para o evento, porque os que estavam ali estavam brincando se
segurança, pois eles eram funcionários de outras funções relocados para
trabalhar na festa”, afirma Lúcia.
A mãe da menina apresenta uma
documentação do Corpo de Bombeiros, que segundo ela, não teria
autorizado o funcionamento da escola. No alvará de funcionamento da
escola, ainda segundo Lúcia, consta que a instituição tem somente 1.500
metros quadrados (m²). Ela caracteriza o caso como “sonegação de
impostos” e pede explicações da prefeitura. “O colégio e a
prefeitura têm muito o que informar pra gente. Criminalmente, vocês
devem explicações. Mil e quinhentos metros quadrados o colégio tem?
Vocês estão falando de quê? Isso é um absurdo, isso é sonegação de
imposto, isso é outro crime. O alvará está todo regular, mas expliquem
para a sociedade como é que vocês têm esse alvará de funcionamento?”, questiona.
“Vocês assumiram risco, vocês
deveriam ter informado à Polícia, vocês não se preveniram. Estou tendo
impressão que não existe harmonia entre o Ministério Público e a
Polícia. Olha a quantidade de irregularidades e ninguém foi preso. O que
está faltando para o Ministério Público agir? Vocês querem outra
tragédia? Não tem tragédia maior. E com a contribuição da falta disso
aqui”, diz Lúcia, mostrando os documentos que comprovariam as supostas irregularidades praticadas pelo colégio.
Apelo
Lúcia Mota voltou a apelar para que o
Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União investiguem o
MPPE em Petrolina, em especial o promotor Carlan Carlo da Silva.
Segundo ela, “o Ministério Público de Petrolina só se preocupa em denegrir a imagem da Polícia. Existem
solicitações da polícia [junto ao MP] e foram indeferidas por quais
motivos? Eu peço ao Ministério Público Federal e à Controladoria Geral
da União que fiscalizem todos os erros cometidos, porque o Ministério
Público de Petrolina só denigre a imagem da polícia. Vocês estão sendo
omissos. Eu imploro ao Ministério Público Federal que reavalie a postura
do MP de Petrolina”, clamou.
Ela voltou a defender o trabalho da polícia. “São
eles é que estão na linha de frente, nas ruas, para nos defender. Quem
prende é a polícia, mas quem solta não é a polícia. A população precisa
se informar mais”, finalizou. O vídeo completo pode ser conferido acessando aqui. O Blog reserva espaço para alguma explicação do Colégio, da Prefeitura e do MPPE. (foto/reprodução YouTube)![](http://i2.wp.com/carlosbritto.ne10.uol.com.br/wp-content/uploads/2016/06/lucia-mota.jpg?resize=324%2C237)
![](http://i2.wp.com/carlosbritto.ne10.uol.com.br/wp-content/uploads/2016/06/lucia-mota.jpg?resize=324%2C237)
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