![Targino Gondim (centro), comandou festival da sanfona / foto: divulgação do FIS Targino Gondim (centro), comandou festival da sanfona / foto: divulgação do FIS](http://jconlineimagem.ne10.uol.com.br/imagem/noticia/2016/07/18/normal/6ac53a6f0fa7945c3a0e9fc1307afa95.jpg)
Targino Gondim (centro), comandou festival da sanfona
foto: divulgação do FIS
JOSÉ TELES
JUAZEIRO (BA) Uma
multidão estimada em dez mil pessoas aglomerouse diante do palco onde
aconteceu o encerramento do IV Festival Internacional da Sanfona, na
orla de Juazeiro (BA), sábado, para assistir um desfile de sanfoneiros,
brasileiros e estrangeiros, tocando um repertório que foi dos
obrigatórios Luiz Gonzaga e Dominguinhos à música cajun da Louisiana,
tangos e milongas argentinas, até a música erudita de Mozart e Richard
Strauss.
Poucas horas antes, a mesma orla que ladeia o Rio
São Francisco viu uma Marcha para Cristo, com três estridentes trios
elétricos cantando axé e outros gêneros populares com letras de louvor a
Jesus. Ali perto, no Centro de Cultura João Gilberto, um cabisbaixo
Juca Chaves, do alto dos seus 78 anos, não teve público para ver o show
que estava programa para a mesma noite. Consolava-se comentando que não
poderia sozinho competir com tantas sanfonas.
Targino Gondim e Celso Carvalho, os responsáveis
pelo IV Festival Internacional da Sanfona estavam mais do que
satisfeitos. Enfrentando problema de patrocínio (não tiveram apoo na
vizinha Petrolina, onde acontecia parte do evento em outras edições),
chegaram à quarta edição vitoriosos. O teatro do centro de cultura foi
pequeno para a quantidade de gente que prestigiou o FIS, que começou na
quarta-feira, e trouxe nomes como Oswaldinho, Mestrinho, Chico Chagas,
Murl Sanders (EUA), Renato Borghetti, o argentino Gabriel Merlino, com a
cantora Vanina Targini.
No sábado, Raimundo Fagner fechou o festival, numa
parceria com a Prefeitura de Juazeiro, que trouxe o cantor como parte
das comemorações dos 138 anos de emancipação da cidade (o festival da
sanfona só contrata instrumentistas). Durante quase duas horas, o cantor
cearense desfiou um repertório que começou com Vaca Estrela, Boi Fubá
(Patativa do Assaré), com participação de Oswaldinho e Targino Gondim na
abertura, entrou pelos muitos hits de mais de quatro décadas de
carreira, clássicos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, onipresentes em
todos os dias do festival.
O show varou a madrugada fazendo a multidão cantar
em coro. Uma noite de muita música boa. Realmente, concorrência difícil
para qualquer artista, não apenas para Juca Chaves, o Menestrel
Maldito.
(O jornalista viajou a convite da produção festival)
Nenhum comentário:
Postar um comentário