O corpo do pedreiro foi encontrado por um policial civil que distribuía o café aos presos da unidade, enforcado
O pedreiro Edigron Nunes de Araújo, 39 anos, acusado de estuprar uma
menina de 13 anos e a sua própria esposa, foi encontrado morto dentro da
sua cela na delegacia do município de Luís Eduardo Magalhães, nesta
terça-feira (29). Edigron, que era casado com a tia da menina que teria
violentado, havia filmado alguns dos estupros, que começaram há cerca de
dois anos.
O corpo do pedreiro foi encontrado por um policial civil que distribuía o
café da manhã aos presos da unidade, enforcado com cordas feitas com o
lençol de cama. Ainda segundo a Polícia Civil da região, ele estava
sozinho na cela, e a suspeita principal é de que Edigron tenha se
matado.
Edigron estuprou a menina por cerca de dois anos, além de violentar a esposa. Ele foi encontrado morto na própria cela
O companheiro de carceragem dele tinha sido transferido para Barreiras
nesta manhã, por volta das 7h30. Na ocasião, o pedreiro foi visto com
vida, afirmou a polícia. O corpo de Edigron foi encaminhado para o
Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Barreiras. O sepultamento deve
acontecer na região de Irecê, de onde ele tinha origem.
Entenda o caso
Edigron Nunes de Araújo foi preso na noite de sábado (26) em Luís
Eduardo Magalhães, acusado de estuprar a sobrinha e a esposa. Segundo o
delegado Leonardo de Almeida Mendes, titular da delegacia de Luís
Eduardo Magalhães, os estupros começaram quando a vítima tinha ainda 11
anos.
“A vítima não é daqui, ela é natural da região de Irecê. Ela sempre
quando vinha para Luís Eduardo ficava na casa de parentes e da tia
também. Ele aproveitava esses momentos, quando não tinha ninguém em
casa, e estuprava a menina”, conta o delegado.
Edigron era casado com a tia da menina e havia filmado alguns dos
estupros. Conhecido como Digimon, o pedreiro foi preso cerca de 40
minutos após ser denunciado por um familiar da vítima, que tomaram
conhecimento do caso após a irmã da menina ver os prints das fotos e
vídeos que o suspeito fazia dos estupros.
De acordo com informações do delegado, quando os policiais chegaram a
residência do suspeito, ele já havia apagado as imagens de seu celular.
“Mas nós conseguimos recuperar esses arquivos e encontramos fotos da
menor em posição erótica e fotos e vídeos dele mantendo relações sexuais
com ela”, informou o titular da delegacia de Luís Eduardo Magalhães.
Segundo o delegado, o suspeito não chegou a compartilhar o vídeo, mas
mostrava as imagens para os amigos de trabalho. Edgron foi preso e
estava detido na delegacia de Luís Eduardo Magalhães. A expectativa era
de que ele fosse transferido para a carceragem da 11ª Coordenadoria de
Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), pois ele sofria o risco de ser
agredido por outros detentos.
“Acontece quando são crimes de estupros porque causa uma grande
comoção”, explicou o delegado. Já a vítima foi encaminhada para o
Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Barreiras, onde deverá passar
por um exame de corpo de delito para confirmar os casos de estupro.
Segundo a polícia, apesar das imagens, o pedreiro negava ter cometido o
crime.
Outros casos
A família da vítima e parentes de Edigron já foram ouvidos na delegacia
de Luís Eduardo Magalhães. Segundo o delegado, a vítima também já
prestou depoimento no local. O delegado Leonardo de Almeida esclarece
também que a tia da menina não sabia dos estupros.
“Ela, inclusive, relata que o suspeito estuprava ela, mesmo ela sendo
companheira dele. Ele obrigava ela a fazer sexo, obrigava ela a fazer
posição que ela não aceitava e tipo de sexo que ela não queria. E, às
vezes, ele amarrava ela para que ela tivesse relação sexual com ele”,
informa o delegado.
Conforme o delegado, Edigron já tinha três passagens pela polícia por
violência doméstica, mas foi liberado após pagar fiança. Ele iria
responder pelos crimes de estupro de vulnerável, ameaça de morte e lesão
corporal.