Nesse domingo, 10, foi confirmada a presença de três artistas no show de abertura das Olimpíadas 2016, sendo que, dois deles, são assumidamente contrários ao governo de Michel Temer e a favor de Dilma Rousseff: Caetano e Gilberto. Anitta também foi confirmada no evento.
Logo que o assunto foi divulgado, internautas começaram a criticar as contratações através de páginas e grupos na internet, bem como algumas pessoas temem que Caetano e Gil usem a oportunidade para criticar o governo atual diante das autoridades internacionais, mudando o foco do evento. Como a divulgação foi oficial, os artistas não serão substituídos e já devem começar os ensaios, uma vez que se apresentarão juntos.

O show de abertura

A abertura das Olimpíadas do Brasil acontecerá no famoso estádio do Maracanã, onde além do show dos cantores confirmados, haverá a apresentação dos atletas de todas os países participantes e performances culturais diversas, assim como ocorreu na abertura da Copa do Mundo, em 2014.
Ainda não foi definido quem acenderá a tocha olímpica, podendo este ser um atleta ou uma personalidade artística ou política. O evento ocorrerá no dia 5 de agosto, às 20h, e a festa de encerramento será no dia 21 de agosto.

Contagem regressiva para os jogos mundiais e a crise continua

Faltam 25 dias para as Olimpíadas e as belas construções mostradas em maquetes ainda não estão completas. Uma linha do metrô que deveria ser entregue quatro dias antes do início dos jogos, ainda não está concluída.
Além disso, o rombo de mais de R$19 bilhões dos cofres públicos do estado do Rio de Janeiro afeta cidadãos e funcionários públicos. Há escolas em greve, aposentados e pensionistas que não recebem seus benefícios e uma onda de violência que tem ganhado ainda mais destaque, no momento em que estrangeiros fazem as malas para virem ao país e assistem aos noticiários, que tentam mostrar o que restou da cidade maravilhosa.
Organizadores garantem que tudo correrá bem até o dia do grande evento. O governo federal garantiu a mobilização de milhares de agentes das polícias civis, militar e federal, bem como as forças armadas para cuidar da segurança durante os dias do evento. Tal mobilização já havia sido confirmada pelo governo da presidente afastada, sendo ratificado pelo atual governo de Temer.
Além disso, os organizadores enfrentam um problema maior: fazer o brasileiro entrar no clima da competição. Em meio às sessões da comissão especial do impeachment e da maior crise financeira e política dos últimos tempos, a organização do evento sente os reflexos na venda dos ingressos: até o momento 70% deles foram vendidos. A menos de um mês da Copa do Mundo em 2014, todos os bilhetes já estavam esgotados.